terça-feira, 24 de junho de 2014

Metrô Rio - Estação Cardeal Arco Verde

A Copa está acontecendo no Brasil. E no Rio de Janeiro. E em Copacabana.

Terça-feira, cerca de 13h30. Peguei o metrô na estação Uruguai, até a Estação Cardeal Arco Verde

Na Central entraram três turistas - franceses? angolanos? (eram negros lindos!) - falando em francês, muito alto, como se estivessem berrando. Visivelmente, destoando da maioria.

Por volta de 14h10, saltei na Cardeal Arco Verde, onde eles também saltaram. 

Outros turistas também saltaram, de outros vagões. Estes, não consegui identificar a língua. Não falavam nem francês, nem inglês (as duas línguas que eu entendo minimamente).

Os que falavam francês continuaram em trio, falando bem alto. Os outros turistas (cerca de seis), da língua-não-identificada vieram a estação INTEIRA (dos vagões até a saída) berrando algo. 

Outros passageiros ficaram acuados, principalmente senhoras de idade. Não conseguíamos identificar se os gritos (que eram repetitivos), muito altos era "lindos!", "Brasil", "gostosas", "filhos da puta!".

Em alguns momentos, eles gritaram para mim (olhando para mim). Me senti acuada. Senhoras também. As pessoas passavam por eles, em silêncio, visivelmente acuadas. 

Nas roletas, abordei um segurança do Metrô Rio:

- Boa tarde.
- Boa tarde.
- Pode me dar uma informação, por gentileza?
- Pois não.
- É permitido gritar no metrô?
- Nesta época de Copa do Mundo é complicado.
- É permitido, portanto.
- Sim, é.
- Existem turistas, que não sei identificar a nacionalidade, que vieram gritando, pela estação inteira, desde o vagão, acuando as pessoas. Eu me senti acuada. Não sei o que eles estavam gritando, se estavam me xingando ou não. Isso é permitido pelo Metrô Rio?
- Em época de Copa do Mundo a gente não pode fazer nada.

E eu continuei me sentindo acuada. 

[Luana Zanelli, em 24 junho 2014]

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Beach Sucos

Beach Sucos do Leblon (Avenida Afrânio de Melo Franco), cerca de 7h30.

Luana chega e vê que, no balcão interno, não tem os refrescos que, comumente, estão expostos.

Já no caixa, para pagar, pergunta:

- Não tem refresco hoje?

- Tem.

- De que sabor?

A caixa – que chamaremos de A – pergunta ao profissional (que parece o gerente) – que chamaremos de B:

- O refresco é de que hoje?

B pergunta ao atendente – que chamaremos de C (que está ao seu lado):

- C, o refresco é de que hoje?

C, que estava ao lado de B, que estava ao lado de A, coloca a cabeça na porta da cozinha – exatamente atrás de todos eles:

- D! De que é o refresco hoje?

- Uva!

C diz para B: “hoje o refresco é de uva”;

B diz para A: “refresco de uva”.

A diz para Luana: “Hoje o refresco é de uva, vai querer”?

A dúvida é: porque A não perguntou a D – que estava tão atrás dela quanto de C – qual era o refresco do dia?

Além do refresco, Luana pediu um pão na chapa. Tudo para viagem.

O seu pedido demorou um pouco, e veio tudo “para agora”, sem ser para viagem.

A atendente – que estava atendendo a cliente – falou com outro atendente, para ele embalar tudo pra viagem. Este embalou, entregou para a atendente anterior, que entregou para a Luana.


[A real sensação de que as coisas, no Leblon, são muito caras pois tem profissionais demais]