segunda-feira, 24 de março de 2014

Burguer King - 2

Quinta-feira, às 21h. 

Eu e André fomos ao Burguer King de Botafogo (Rua Voluntários da Pátria).

Com os pedidos na mão, vimos que não havia mesas disponíveis no térreo. Vimos a escada para acesso ao segundo andar e subimos.

Existia uma trave de "não passe" fechada, com duas cadeiras (obstruindo a passagem), para o lado. 

Um casal de adolescentes ocupavam uma mesa. Eu e André ocupamos outra.

O casal de adolescentes foi embora e nós permanecemos. 

Cerca de 20 minutos depois, sobe um atendente, e nos fala, sorrindo:

- Este andar está fechado, senhora. A senhora não viu a faixa obstruindo?

- Vi sim. Lá embaixo não tinha lugar disponível, e tinha um casal aqui em cima. E...

- E as cadeiras obstruindo, a senhora não viu?

- Vi mas...

- As pessoas não respeitam mais as sinalizações, né?

- É. Nem a gente.

- Exatamente.

[Eu me referia a "as pessoas não respeitam mais a gente"; e não "nem a gente respeita mais as sinalizações"].

Lá eu não volto.

sábado, 22 de março de 2014

Burguer King - 1

Quinta-feira, às 21h. 

Eu e André fomos ao Burguer King de Botafogo (Rua Voluntários da Pátria).

Fizemos o pedido, pagamos. O atendente nos deu dois copos descartáveis sem dizer absolutamente nada. Fomos direcionados a outro balcão, para retirar nosso pedido.

Era a minha primeira vez no Burguer King e eu não sabia se era refil (suspeitei) e onde ficava a máquina para o refil. 

Achei a máquina e descobri que só tinha refrigerante. Eu não bebo nenhum tipo de refrigerante, de nenhuma espécie. 

- Oi, boa noite. O senhor tem alguma bebida que não seja refrigerante?

- Não.

- Mate?

- Não.

- Suco?

- Não.

- Água sem gás?

- Não senhora. Tem refrigerante, quer? 

- Não.


segunda-feira, 10 de março de 2014

Casa Show

Quinta-feira, às 12h.

Entrei na Casa Show (da Rua do Riachuelo) com meu pai (um senhor de 70 anos), a fim de comprar determinadas coisas. (Ao final, nossa compra deu mais de R$ 700).

Entramos na loja e solicitamos a alguém uniformizado onde ficava a sessão de móveis para banheiro. Um rapaz nos apontou aonde ficava a sessão. 

Fomos até o local (apontado por ele), e escolhemos a mercadoria que queríamos. Mas, obviamente, precisaríamos de um vendedor para ver se tinha em estoque, para comprar o restante dos produtos (bica, cano para aquela pia; tampo de vaso sanitário; ferragens em geral, etc.)

Meu pai ficou neste setor, de pé, esperando, enquanto eu buscaria um vendedor.

Passei por seis vendedores na loja. Todos ocupados, sequer me olhavam.

- Bom dia, o senhor é vendedor?

- Sim. - sem me olhar.

- O senhor está disponível?

- Não. Procura outro.

E, fiquei nesta peregrinação por até seis vendedores. Cheguei em um balcão, na frente da loja, para falar com alguém que parecia o gerente.

- É, os vendedores estão todos ocupados...

- Isso eu entendi. E como eu faço exatamente, agora?

- A senhora vai naquele balcão ali, que a menina anuncia no microfone.

Me dirigi a um balcão (errado), onde o gerente viu que não era aquele (e não disse nada). O Atendente (do balcão errado) me sinalizou onde seria o balcão "correto". A moça, então, anunciou no microfone, com aquela voz aveludada...

- Vendedor disponível. Vendedor disponível. Comparecer à frente de loja. Cliente aguarda atendimento. 

Eu contei: ainda esperei por mais sete minutos. Em pé. Eu tenho 35. Meu pai: 70.

sábado, 8 de março de 2014

Ônibus 474

Quinta-feira, 7h.

Peguei o ônibus 474 na Praça do Lido em direção à Praça XV, para pegar as Barcas. Este ônibus passava no Mergulhão e, agora, não mais: o trajeto era pela Rio Branco.

Entrei.

- Cobradora, bom dia. Por favor, quais os pontos da Rio Branco que ele pára?

- Sei não.

- Motorista, bom dia. Por favor, o senhor pára em que pontos da Rio Branco?

- Sei não.

- Oi? O senhor é novo na linha?

- Não. Mas é que na Rio Branco, eles trocam os pontos toda hora. Eu sou BRS2, onde eu vejo que tá escrito lá BRS2, eu páro.

- O senhor sabe se tem ponto próximo a Rua da Assembléia?

- Rua da Assembléia?

- É, logo depois da Carioca.

- Conheço essa rua não senhora. Eu passo só na Rio Branco e na Presidente Vargas. Essa rua aí que a senhora falou, conheço não.