domingo, 9 de fevereiro de 2014

Jornaleiro

[Eu e André, na Rua Marquês de Abrantes, um sábado, próximo de 20h]

Íamos encontrar um amigo, no Armazém do Chope e, antes, passamos na Sorveteria Itália. E, entre o sorvete e o chope, avistamos um jornaleiro.

[O homem-da-relação não pode ver um jornaleiro que entra pra ver a revista do Batman; gibis para a pequena; coisas diversas para a pequena; coisas diversas para ele mesmo; e "quer alguma coisa, amor?"].

O jornaleiro era daquele estilo pouco maior, iluminado, grande.

André entrou no jornaleiro e ficou de pé, olhando as prateleiras, de longe.

Eu contei: quatro segundos.

- O senhor me dá licença? Estou varrendo.

E não era só "varrendo"; era "varrendo-o-André-dali".

André, em silêncio, deu licença e foi então, tomar o seu chope. O "coisas diversas para ele, para a pequena, para o amor" ficaria para outro jornaleiro, que gostasse mais de (dinheiro) atender bem os seus clientes.

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