[Eu e André, na Rua Marquês de Abrantes, um sábado, próximo de 20h]
Íamos encontrar um amigo, no Armazém do Chope e, antes, passamos na Sorveteria Itália. E, entre o sorvete e o chope, avistamos um jornaleiro.
[O homem-da-relação não pode ver um jornaleiro que entra pra ver a revista do Batman; gibis para a pequena; coisas diversas para a pequena; coisas diversas para ele mesmo; e "quer alguma coisa, amor?"].
O jornaleiro era daquele estilo pouco maior, iluminado, grande.
André entrou no jornaleiro e ficou de pé, olhando as prateleiras, de longe.
Eu contei: quatro segundos.
- O senhor me dá licença? Estou varrendo.
E não era só "varrendo"; era "varrendo-o-André-dali".
André, em silêncio, deu licença e foi então, tomar o seu chope. O "coisas diversas para ele, para a pequena, para o amor" ficaria para outro jornaleiro, que gostasse mais de (dinheiro) atender bem os seus clientes.
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